sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Conceitos éticos e morais nos discursos televisivos


São nos meios de comunicação que conceitos éticos e aéticos estão enquadrados de forma oculta ou explicita. Quando paramos para analisar programa como BALANÇO GERAL em que a síntese principal é vista como um discurso da chamada “imprensa marrom”, é que vemos mais abertamente de que forma o poder de lidar com a manipulação da verdade apelativa e sensacionalista pode ferir com a ética.Se a ética são normas em que visa o bem para beneficiar o homem, como pode um programa televisivo usar de uma calamidade de um ser humano expondo para o social que é preconceituoso para conseguir audiência!Não sairia da ideologia ética?Não seria uma violência ao sujeito ser violado do seu espaço que é íntimo e pessoal e ter que aceitar dividir sua dor sua angustia numa mesma sociedade que repudia as diferenças?
Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como um saber escolher entre 'o bem' e 'o bem' (ou entre 'o mal' e o mal'), levando em conta o interesse da maioria da sociedade.Isso seria ate aceitável se o proprio perfil do programa não fosse todo elaborado para chamar atenção e ganhar o público, através da oferta de dinheiro para as primeiras ligações,músicas que de fundo que gritam o acontecimento.Um programa em que usa simbolos que representa o puro julgamento.Ele, Raimundo Valera,no topo da súbita verdade.


Será que isso não corrompe a ética?Impor de forma sutil uma conciência coletiva nas pessoas?

É certo que suas cenas tem como maior interesse denunciar os problemas sociais com imagens verídicas que choquem as pessoas.Ate aí essa proposta não fere a ética, ja que não estar simulando ou distorcendo o que é real,o problema é o grau de merchandagem que acaba carregando no discurso e nas coletas de pessoas que dão opinição ao vivo,aclamando por Varela resolver a situação,exagerando no tom sentimental,criando no programa o grau de salvador da pátria,o único meios de as pessoas obter a justiça e saber a verdade.E no Valera,o “Pai dos pobres”. Isso que é preocupante.
E em relação às descrições, mostragem, analises das ações usadas, por exemplo, num bloco em que mostrou que um ex diretor dos hospitais das clinicas que foi demitido, por ser chargista, conseguiu implantar num hospital em Mata de São João, normas e meios para facilitar a vida da população e da uma boa condição a saúde de 100%.É extremamente ético do programa,afinal é descrito quais os meios para ter alcançado aquele fim,um bom hospital,como dogmas da moral pretende.
Enfim, programas, revista, meios em que usam do poder das palavras sempre se passam do que seria ética e aético principalmente quando o seu maior interesse é poder estar no polis entre as melhores, se não a melhor na manipulação.


Trabalho sobre imprensa sensacionalista,da disciplina de Ética ministrada pelo prof.º Udsom Marambaia.Minha equipe ficou encarregada de analisar e relacionar a ética e a moral do programa Balanço Geral apresentado por Raimundo Varela exibido pela tv Itapuam.

Notas/linguagem radiofônica

MAIS UMA EDIÇÃO DO BAHIA POP SERÁ REALIZADA NO DIA PRIMEIRO DE DEZEMBRO ÀS NOVE HORAS DA NOITE NO WET’N WILD/ NA PARALELA// O EVENTO CONTARÁ COM A PARTICIPAÇÃO DE MÁRCIO MELO/ NATIRUTS/ CHARLIE BROWN JUNIOR E ADAO NEGRO//OS INGRESSOS CUSTAM VINTE E CINCO REAIS MEIA E QUARENTA REAIS CAMAROTE/A CENSURA É DE DEZESSEIS ANOS.//

DEPOIS DE CONQUISTAR O MERCADO PIRATA E SE TORNAR O FILME NACIONAL MAIS COMENTADO DO ANO/ TROPA DE ELITE VIRA TAMBEM O LONGA MAIS VISTO DE DOIS MIL E SETE// O LONGA-METRAGEM ATINGIU A MARCA DE DOIS VIRGULA UM MILHOES DE ESPECTADORES/ SEGUNDO DADOS DA EMPRESA DE PESQUISAS NIELSEN// COM ISSO/ TROPA DE ELITE ULTRAPASSA A BILHETERIA DE A GRANDE FAMILIA – O FILME/ QUE ATÉ ENTAO LIDERAVA A LISTA COM PÚBLICO DE DOIS MILHÕES.//

O texto de linguagem radiofônica tem que ser rápido, preciso e coerente.Numa nota(nome dado ao texo radiofônico jornalístico),é usada um pontuação totalmente diferente para que o locutor consiga enxergar, entender e narrar sem erros.Essa atividade também fez parte da disciplina de Produção em RTVC.




''A construção de um texto radiofônico exige, além de coerência gramatical, adequação à estrutura do rádio'' (Ana Rosa Cabello)

Palestra sobre a retomada do cinema nacional

Cobertura jornalística de um projeto realizado pelo curso de Letras da Fja,nosso segundo e mais importante trabalho da disciplina de Produção em rádio,tv e cinema(RTVC) ministrada pela prof. Juliana Gutmann.Com esse trabalho comecei a aprender,entender e sentir na pele a vida agitada dos profissionais dessa área.Esse evento contou com a participação do prof.º Umbelino Brasil.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Aos vendedores de ilusão

Outra matéria super interessante da revista Cláudia

Prezados senhores:


Lamentamos informar que estamos terrivelmente decepcionadas com seus produtos.Primeiro,vocês nos venderam a ilusão de um Príncipe Encantado,mas ele nunca chegou.Depois,nós compramos a idéia de um Novo Milênio,que chegou todo estragado.Mais,recentemente,fomos levada a acreditar que Seios Maiores nos trariam felicidade.Porém,nada mudou.
Até quando vocês vão continuar assim,enganando-nos dessa maneira?Nossa paciência tem limite.E não foram essas as únicas ilusões que alimentamos ao longo dos anos e deram problemas.Vejam a lista:orgasmo vaginal,fomos convencidas por especialistas de que poderíamos obter o orgasmo através da simples penetração,sem a estimulação do clitóris.Não apenas terminamos,todas frustradas em nossos investimentos nesse sentido,como também tivemos de forjar falsos resultados para nossos parceiros no negócio,a fim de evitar danos maiores.
Brasil,o País do Futuro venderam-nos essa idéia por anos seguidos,através de fartos investimentos publicitários.Pois bem,o futuro chegou e continua a mesma porcaria.Disseram também que o grande problema do país era a dívida externa,algo sem solução ou remédio.Agora,de repente,essa dívida deixou de existir e ninguém toca mais no assunto.
Novidades contra celulite.Todo dia,vocês nos empurram uma nova solução definitiva para as celulites em nosso corpo,uma mais sensacional que a outra.Se juntassem todo o dinheiro já gasto pelas mulheresnesta luta inglória,daria para acabar com a fome no mundo.
Homem fiel.Neste caso,venderam-nos algo que simplesmente não existe.Não há um só fato ciêntífico que comprove a existência de um ser humano masculino adepto da fidelidade.Não é a primeira vez que somos levadas a crer em uma coisa inexistente.Há quem compre até hoje as ilusões da Família Unida,do Político Honesto e da Amizade Colorida.
Lábios carnudos e naturais.~Lábios carnudos só ficam naturais nas mulheres que nasceram com eles- as sortudas.Noresto de nós,o mais natural que eles ficam é parecer com picadas de abelhas.Resultado:milhões de mulheres com a mesma boca equivocada.Nos dias de hoje não conseguimos mais diferenciar quem apanhou do marido ou quem passou no dermatologista.
Assim sendo,como estamos dentro do prazo para reclamações,e constatando que essa série de defeitos compromete seriamente o bom funcionamento de nossas vidas,solicitamos imediata solução de nossos problemas.
Ou seja:nós exigimos novas ilusões o mais rápido possível.Senão seremos obrigadas a tomar uma medida extremamente drástica:encarar a dura realidade.

Fernanda Young

Jornal da Bahia/a história

O Jornal da Bahia inicia suas atividades no dia 21 de setembro de 1958, sob
a direção do deputado, João falcão, diretor e dono do jornal. Uma equipe de jovens jornalistas igualmente entusiasmada, estava preparada para a tarefa de se criar um jornal visando em primeiro plano o aperfeiçoamento do regime democrático, sendo porta voz dos anseios da Bahia, de suas forças produtoras, de seu movimento cultural e de todo o povo.Um jornal independente e imparcial, livre da manipulação de grupos políticos, econômicos e financeiros, para que possa antes de tudo, ser órgão de ampla liberdade de opinar, noticiar e combater se preciso for, fora e acima de partidos e facções, mas sempre presente a todos os problemas fundamentais do estado sem discriminação nem limitações.Nascido em 1919, na cidade de Feira de Santana, João Falcão formou-se em direito, é jornalista, atuou no ramo empresarial e bancário, além de ter sido deputado federal. A idéia de criar o Jornal da Bahia foi discutida na câmara federal em 1956, entre ele e seus colegas políticos de bancada baiana, Octávio Mangabeira e Nestor Duarte. Falcão na posição de deputado federal tinha tudo a seu favor, o seu poder e o poder dos colegas políticos formadores de opinião.
- Situação histórica do País e na Bahia no lançamento do jornal
O Brasil e a Bahia procuravam romper a estagnação em que viviam. O governo do presidente Juscelino Kubitschek, empossado em 1956, havia lançado o slogan desenvolvimentista de “50 anos em 5”. JK estava construindo a nova capital da República, Brasília, implantando a indústria automobilística e um parque industrial no Brasil. Os resultados desta política alcançaram à expressiva taxa de 7% do crescimento do PIB. A euforia dominava todos os setores da vida nacional e a Bahia estava inserida naquela conjuntura progressista.Com o surgimento da Petrobrás em 1953, definitivamente, pois de fato concreto a existência do Petróleo no país. Começou a desenvolver-se na Bahia em 1961 o parque industrial de extração, do refino e do transporte do combustível. Com abundância da energia elétrica de Paulo Afonso, com as possibilidades de exploração cientifica, o aproveitamento industrial de seus tradicionais produtos agrícolas e podendo ser o centro do movimento turístico nacional, a Bahia tinha grandes possibilidades de desenvolver-se e tornar-se um dos mais importantes estados da federação brasileira.Essas condições favoráveis trousse o investimento de homens da mais ampla visão e o aparecimento de novos empreendimentos compromissores, como a fundação de indústrias nos mais variados campos como as de nitrogênio, cimento, papel, frigoríficas, indústrias extrativas etc. Não somente os investimentos locais afloraram o mercado interno, mas também capitais estrangeiros, que buscam no Brasil uma alternativa de melhores condições para os seus investimentos.
Projeção histórica ao longo do tempo (Fato Jornal da Bahia x ACM)
De 1971 a 1975 a vida do jornal da Bahia foi marcada por uma intensa e desesperada luta para sobreviver, resistindo bravamente aos quatro anos do governo de Antonio Carlos Magalhães.O bloqueio econômico ao jornal, através de pressões exercidas junto a anunciantes por ACM, acabou provocando a perda de 95% dos mesmos, tanto a nível local como nacional. O resultado foi a diminuição das paginas da edição diária. Em media o jornal circulava com 24 paginas e esse numero caiu pela metade para 12 paginas e às vezes nem isso. Como a firmeza do governador contra o Jornal da Bahia era cada vez mais intensa, a direção do jornal intensificou o processo de redução de despesas. Foi ai que o jornal viu-se obrigado a dispensar funcionários e reduzir drasticamente as despesas.As pressões de Antonio Carlos Magalhães não ficaram apenas no terreno econômico, cerca de cinco processos, supostamente baseados na lei de impressa, foram destinados ao jornalista João Falcão. Além disso, outro processo com invocação na lei de segurança nacional foi destinado ao então redator chefe João Carlos Teixeira Gomes. Como o Jornal da Bahia não recuava sua posição independente o Governador Antônio Carlos Magalhães passou ao terrorismo. Na madrugada de 12 de janeiro de 1973 o diretor João falcão sofreu um atentado a bomba, quando saia do edifício de um amigo. Nada foi apurado, como era já se esperava. Apezar do susto a pessoa que lançou a bomba de dentro de um veiculo errou o alvo.
A maquina de impressão adquirida pelo jornal da Bahia era uma antiga Marinoni italiana de 1917, comprada às cegas, pois quando foi ser desencaixotada esperava-se uma Man em cores seminova. O jornal se encontrava numa difícil realidade, rodar um jornal novo com uma impressora tão antiga. Apezar da má impressão o jornal trazia notáveis inovações: Linguagem objetiva, uma técnica de redação atualizada, farto noticiário, apresentação gráfica moderna e uma paginação inteiramente evolucionária.A preocupação com a constante inovação fez com que o Jornal da Bahia adquirisse uma verdadeira Man, que permitiu circular com roupagem nova, introduzir outras modificações na apresentação e realizar novas inovações. Pela primeira vez a técnica do Lead foi introduzida na Bahia.No dia primeiro de março de 1970 o Jornal da Bahia começava uma nova era, a compra da impressora Gors-Urbanit, um completo e eficiente equipamento “off_set’’ que tinha a capacidade de imprimir 40 mil jornais por hora. O jornal começa a circular com 24 páginas.
Pela primeira vez com impressão off_set, o Jornal da Bahia atingia um moderno padrão gráfico, era o que havia de mais novo na técnica de imprimir jornal, apenas três jornais no Brasil possuíam essa impressora, o que levou o Jornal da Bahia graficamente ao nível dos grandes jornais Brasileiros.
A decadência
Em outubro de 1990, o Jornal da Bahia, tornou-se um jornal popular, feito com chamadas e noticias sensacionalistas, fotos pornográficas apelativas e fofocas ridículas da tevê.O Jornal da Bahia teve a sua ultima publicação no dia 22 de fevereiro de 1994. O fim não foi conseqüência dos quatro anos mais duros do governo de Antônio Carlos Magalhães, mas sim de uma lenta decadência ao longo dos anos, conseqüente em grande parte do seu ódio perseguidor.
Bibliografia: Livro Edição Especial do Vigésimo Aniversário do Jornal da Bahia (Set. de 78)http//observatório.ultimosegundo.ig.br/artigos.asp?dod=401azl001

Culpa e vaidade

Matéria da revista Cláudia que li e gostei muito,não está relacionada com nenhuma disciplina apenas achei interessante e resolvi compartilhar com vocês
Mulher,por mais que tenha conquistado sua independência,seja dona de seu dinheiro e de seu nariz,está sempre com a cabeça em alguma coisa que a deixe bem culpada.A primeira,e mais elementar:os filhos.Não adianta eles estarem na mais maravilhosa creche,com a mais fantástica babá,nos braços da avó mais carinhosa,cuidados pelo amor do pai ou até casados,com filhos e a vida organizada.Mãe está sempre ligada; ligada e culpada.
Existem as que não têm filhos e que,mesmo concentradas no trabalho,se lembram de que a geladeira está vazia,que há duas semanas não telefonam pra mãe,que é preciso mandar fazer a bainha daquela saia e ir ao dermatologista- e a culpa continua.Na cabeça de um homem,essas coisas não passam - não quando eles estão trabalhando ou vendo um jogo de futebol pela tv.Eles conseguem se desligar e pensar só no que estão fazendo.As mulheres são diferentes.
Na vida profissional,por exemplo:os homens chegam tarde do escritório,trabalham no fim de semana,viajam pelo tempo que for preciso bem tranqüilos,porque sabem que a retaguarda em casa está coberta.Mesmo que às vezes fiquem um pouco impacientes,elas esperam;esperam e aproveitam para fazer um monte de coisas que,com um homem do lado,vão sempre ficando para depois.Emagrecer,por exemplo – não dá para fazer dieta com um homem por perto,ou relaxar o corpo o espírito quando eles estão por ali,ocupando nossos corações e nossas mentes.Agora,dê o nome de dez grandes mulheres que tenham um marido que faça isso por elas.Não lembra?Tudo bem,então cinco.Também não lembrou?Não faz mal,a gente já sabia.
Mas tem uma hora em que a mulher consegue sim,se esquecer de tudo:é quando vai se preparar para um encontro daqueles.Começando pelo banho,que leva horas.Depois,ainda enrolada na toalha,ela se permite ficar uns 20 minutos relaxando- e ai da empregada que se atrever,nessa hora,a pedir dinheiro para comprar produtos de limpeza.Daí em diante,é uma lua-de-mel com ela mesma.Você já reparou alguma vez uma mulher calçando meias sem pressa?Ela acaricia as próprias pernas.Depois vêm os sapatos- de saltos altos,claro-, e aquela leve olhada no espelho pra sentir o conjunto.Fica satisfeita e começa a botar a base,pintar os olhos,sem pensar em mais nada na vida, a não ser em ficar o mais linda possível.Aliás,toda mulher deve se pintar de meias e sapato alto:faz bem à moral.
Tudo é feito com o maior cuidado,e depois do toque final- o rímel-,é hora de separar as pestanas com um alfinete de ponta bem fina,para desgrudar uma da outra.Ah,é perigoso,pois pode machucar o olho?Claro que não:Deus sempre protege uma mulher que está se preparando para aquele encontro.Aí é a hora de cuidar dos cabelos, e a força e determinação com que ela maneja a escova são de dar medo a qualquer campeão de artes marciais.Depois,é se vestir- o vestido está escolhido há semanas-,se olhar várias vezes no espelho,arrumar a bolsa e escolher os brincos.Tente disfarçadamente observar uma mulher quando ela estiver diante do espelho dando o toque final,isto é,botando os brincos.É uma bobagem?É,mas é verdade:ela examina uma última vez,e nessa hora se sente absolutamente segura,pronta para o que der e vier.Usando as palavras certas:pronta para o combate,e capaz de tudo pela vitória.
Danuza Leão/revista Cláudia,setembro de 20

domingo, 25 de novembro de 2007

Entrevista com o filósofo francês Pierre Levy/Disciplina de Educação e Tecnologia/profº Zanza Sandes


A entrevista do filósofo Pierre Levy ao programa Roda Viva trata em grande parte de sua especialidade a cibercultura.Para ele a humanidade tenderá a se organizar cada vez menos em padrões formais.Nesse sentido,a internet tem papel fundamental na democratização do saber,através de sua diversidade.Assim a internet é a grande metrópole mundial.
Segundo Levy os computadores interligados em redes mundiais podem favorecer o surgimento da inteligência coletiva.Antes da população da internet o espaço público de comunicação era controlado através de intermediários institucionais que preenchiam uma função de filtragem entre os autores e consumidores de informação.
A idéia das Árvores de conhecimento desenvolvida por Levy e seu amigo Michel Authier consiste em um programa de informática criado para que os membros de uma determinada comunidade possam revelar suas qualificações e habilidades e mostra-las à sociedade.
A intenção de tal projeto é tornar visível o espaço dos saberes em uma comunidade e a identidade de cada pessoa nesse espaço.A formação de uma árvore em um determinado grupo possibilita que o coletivo humano,até então existente no plano virtual se organize em uma comunidade de saber.A árvore de conhecimento criada em uma região pode atender a demanda de empregos das empresas ali estabelecidas,criar um registro de como um grupo de pessoas poderia se organizar em termo de suas habilidades e competências,formando cooperativas de trabalho, por exemplo.
Segundo ainda Levy, o mundo de informações da rede mundial faz com que nos sintamos em uma espécie de segundo dilúvio,impossibilitados de abraçar e definir o essencial.Por isso é necessário que cada grupo ou indivíduo faça sua própria seleção,de modo a dar sentido a essas informações.

Disciplina História do Jornalismo/Profº Márcia Guena

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Samuel Wainer um grande nome no jornalismo brasileiro

Samuel observa a primeira impressão do jornal Ùltima Hora


O jornalista Samuel Wainer foi um dos maiores repórteres brasileiros de todos os tempos. Judeu nascido na Bessarábia,lugar pertencente a Rússia,mudou-se ainda criança para Bom Retiro,cidade do interior de são Paulo.Nascido em 1912, Samuel começou no jornalismo com a primeira revista política brasileira, "Diretrizes", da intelectualidade antifascista, lançada em 1938 e fechada pelo DIP em 1944.
Seu grande triunfo foi a entrevista que Getúlio Vargas lhe concedeu no carnaval de 1949 no seu retiro gaúcho.Algo lhe diria que o político estava pra quebrar três longos anos de silêncio.Entrevista essta que teve grande repercussão e foi bastante utilizada por Assis Chateubriand Pro qual Wainer trabalhava na época.A greve na Polônia foi o último artigo escrito por Samuel era "uma espécie de volta às origens, pois foi quem na imprensa brasileira, pela primeira vez, permitiu que a voz de sindicatos e líderes sindicalistas fosse ouvida. Isso, muito mais do que as inovações gráficas, é que justifica dizer que a velha "Ultima Hora", fundada por Samuel na década de 50, revolucionou profundamente o jornalismo neste País".
Samuel Wainer morreu aos 68 anos em São Paulo
Samuel aos 68 anos
História do jornalismo no Brasil


Jornalismo no Brasil, desenvolvimento das publicações periódicas (jornais, diários e revistas) no Brasil, do final do século XIX aos nossos dias. O primeiro jornal (ver Jornalismo) foi o Correio Brasiliense de Hipólito José da Costa, editado em Londres e de linha ideológica a favor da independência. A ele se seguiram A Gazeta do Rio de Janeiro, O Patriota e A Oratória e A Retórica, outros também de circulação nacional e expressão verbal. "Enquanto não houve uma legislação específica, a imprensa foi livre. Foi um período de ouro. A imprensa disse o que quis e até disse demais, foi até licenciosa em algumas ocasiões. D. Pedro, com aquele espírito superior de não dar bola para nada, nada fez. E foi aí que surgiram os grandes jornais, a grande literatura brasileira inspirada no jornalismo", afirma o jornalista Alberto Dines. As crônicas e charges de Aparício Torelli, o barão de Itararé, comprovam esta afirmação.
Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, foi criada a Imprensa Régia e a censura prévia de expressão verbal e oratória. Entre 1808 e 1821 surgiram várias publicações, entre eles A Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil. Em 1812, na Bahia, nasceu a primeira revista brasileira, As Variedades. Em 1821, extinta a censura prévia, multiplicaram-se os orgãos de comunicação. Em 1827, o Brasil já tinha 54 periódicos, sendo de se falar em público.
Durante o reinado de D. Pedro II, apareceu O Jornal do Commércio e o uso da caricatura com fins de sátira política, como o medo de falar em público, principalmente em O Diabo Coxo. A campanha abolicionista contou A Gazeta da Tarde editada por José do Patrocínio (1880). Nas duas primeiras décadas do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, então capital da república, viu nascer o primeiro clichê a cores Gazeta de Notícias (1907), seguida de jornais que marcaram a história brasileira: O Globo, Jornal do Brasil e Correio da Manhã. Entre 1950 e 1960, a imprensa se modernizou com a época de ouro da revista O Cruzeiro, que chegava a vender mais de um milhão de exemplares semanalmente; a inauguração do jornal Última Hora; e o lançamento de revistas que prestigiavam o foto-jornalismo como Realidade e Manchete.
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Na história da imprensa brasileira exerceram papel de destaque os jornais O Liberal de Belém; Estado de São Paulo e Folha de São Paulo; e o Diário de Pernambuco, de Recife.
Expansão do jornalismo
Mudanças estruturais - entre elas, o início da industrialização e o aumento do processo migratório - influeciaram na expansão do jornalismo. Agitações políticas provocam, em 1954, o suicídio de Getúlio Vargas e, em 1964, um movimento militar.
Os Atos Institucionais dos governos militares pós-64 modificaram a situação do jornalismo e da livre veiculação de idéias o que gerou medo de falar em público. A uma legislação coercitiva - Lei de Imprensa de 9 de fevereiro de 1967 e Lei de Segurança Nacional de 13 de março de 1967 - somaram-se transformações ligadas ao desenvolvimento da indústria cultural e meios de comunicação, sobretudo, na televisão, impedindo a expressão verbal e a oratória.
A progressiva penetração dos meios de comunicação de massa - além de sua utilização como fonte de informação à todas as camadas sociais -, evidenciou-se no quadro que, em 1971, configurava a distribuição percentual dos canais de comunicação coletiva: havia 6,6% receptores de rádio, 5,3% jornais diários e 2,4% televisores para cada cem habitantes. Quadro que se alteraria, nas décadas seguintes, dando maior peso aos meios eletrônicos.
Esta, e outras mudanças de conjuntura, levariam a igual transformação no estilo brasileiro de informação. Influenciados pelo jornalismo norte-americano, os profissionais de imprensa passam a discutir não só o que é notícia mas, também, a maneira de veiculá-la. É desta época, o lead e seus cinco "W" e um "H" que deveria iniciar qualquer matéria para não deixar dúvidas no leitor: who (quem), what (o que), when (quando), where (onde), why (porque) e how (como). Oratória e retórica também. O que fez Nelson Werneck Sodré comentar: "Utilizando aplicadamente tal técnica, todo foca (jornalista iniciante) transforma qualquer problema social em fatos isolados que se repetem e cujas raízes ficam apagadas sob os detalhes específicos de cada historieta". Entre 1968 e 1972 os jornais brasileiros entram na fase da "nota oficial" e do pres-release que, muitas vezes, pela dificuldade de se obter informações, ficavam sendo a única fonte de noticia da qual disponham os profissionais de imprensa, que nem sempre sabem como falar em público . Aliás, pouquíssimos sabem.
Também a concessão de canais de rádio e televisão colocou em xeque o jornalismo informativo tradicional, levando os editores a criar novas formas editoriais. É o caso do jornalismo opinativo. Surgido pós-64, dá espaço, além de noticiar à opinião e análise. Esta atitude contribuiu para formar a opinião pública e foi importante para o jornalismo de resistência que desaguaria no jornalismo independente ou alternativo.
Imprensa alternativa
Ação da política
No final do século XIX e início do século XX - influenciados por anarquistas italianos vindos para São Paulo -, surgiu a imprensa operária ligada à urbanização crescente e, sobretudo, à militância política do operariado nascente. O jornal alternativo passou a ter importância como fator de organização política. Esta experiência acabou durante o Estado Novo.
No primeiro período do governo de Getúlio Vargas (1937-1945), a imprensa, de maneira geral, esteve sob censura. A constituição de 10 de novembro de 1937 explicitava sua preocupação em "assegurar à nação sua unidade e as condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e a sua prosperidade" e, no Artigo 122, limitava a liberdade de informação. O Departamento Oficial de Propaganda (DOP), criado por Vargas em 1931, foi substituído pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que ampliava os poderes do anterior. Orgãos de imprensa não registrados no DIP não tinham permissão para circular. Assim, neste período, 61 jornais e revistas independentes tiveram sua publicação interrompida por haver sido cassada sua licença para importação de papel. A partir de 1940, 420 jornais e 346 revistas não obtiveram registro.
Com a constituição de 1946, a liberdade de imprensa foi restituída. Em 12 de novembro de 1953 sancionou-se uma nova Lei da Imprensa que favoreceu uma época politicamente agitada, mas com direito a livre debate público. Em 1955, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava, no país, a circulação de 2.961 publicações, abrangendo jornais diários (261), revistas, semanários, boletins, almanaques e outros. Refletindo a estratificação social e as desigualdades de distribuição de renda, os estados com maior número de publicações eram São Paulo, Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Margem e Contracultura
A imprensa chamada "nanica" - devido a seu formato tablóide, pequena rentabilidade e circulação - surgiu com o jornal Binômio, de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1952. Durante os governos militares, esta imprensa demonstrou sua força e importância, sem medo de falar em público. Com duração variável - e tendo como bandeira a luta contra a censura - surgiram Pato macho (1971), Opinião (1972), De Fato, Versus, Movimento e Coojornal (todos de 1975). A eles se deve acrescentar publicações como a revista Realidade (1965 a 1968), Politika, Grilo e Jornalivro, ligado à Cúria metropolitana de São Paulo e dirigido por D. Paulo Evaristo Arns (1975), e o de maior repercurssão, O Pasquim (1969), fundado no Rio de Janeiro por, entre outros, Millôr Fernandes, Paulo Francis, Jaguar e Tarso de Castro e onde trabalharam os mais importantes jornalistas brasileiros em termos de expressão verbal.
Além do evidente valor político a oratoria - o Pasquim chegou a atingir a marca de quase 200 mil exemplares vendidos -, a imprensa alternativa, como assinalou Paulo Marconi em "A censura política na imprensa brasileira" (SP-1980), "chamou aos brios o empresariado nacional; contestou o regime, não tanto com a ideologia, mas com a informação (…) mostrou às outras camadas políticas ativas da população - estudantes, igreja, sociedades de bairro - que jornal era coisa fácil de ser feita".
Por volta de 1975 havia no país uma centena de publicações alternativas. A censura se acirrava e, em 1970, vetou 47,05% do material produzido. Em 1971, 63,46%; em 1972 chegou a 82,77%; em 1973 vai a 98,10% e em 1974 atingiu o rigor absoluto: 100%. Contrastando com esta pressão sobre a imprensa, o rádio e a televisão se expandiam. Em 1980 existiam no país 90 emissoras de televisão, atingindo 15 milhões de aparelhos e um público estimado em 60 milhões - número que vai crescer e multiplicar-se cada vez mais, enquanto as tiragens máximas dos jornais caem para perto de cem mil exemplares de oratoria.

Trabalho de Estética/a fenomenologia do redondo/profº Giovana Dantas